O incêndio que destruiu a confecção de fantasias e adereços de escolas de samba do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (12) deixou pelos menos 21 vítimas por inalação de fumaça tóxica.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, 10 vítimas do incêndio deram entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas. Oito estão em estado grave e duas não correm risco no momento. Já a Secretaria Municipal de Saúde informou que das oito vítimas que deram entrada nas unidades da rede, três permanecem internadas, uma em estado grave e duas com quadro estável.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, o incêndio foi controlado em cerca de duas horas. As escolas afetadas foram Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu. A prefeitura informa que a Defesa Civil do município interditou totalmente as instalações após equipes do órgão verificarem que o fogo ocasionou dano à estrutura do prédio anexo e que há risco de desabamento.
A Prefeitura do Rio esclareceu ainda que o imóvel estava em situação regular para funcionar como uma fábrica, incluindo alvará de funcionamento para a atividade de confecção. Já o Corpo de Bombeiros informou que a edificação não estava regularizada junto à Corporação.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, retornou hoje de Brasília e realizou uma vistoria no local. Ele lamentou a situação, confirmou que as escolas não serão rebaixadas e disse que está sendo construída uma Cidade do Samba 2, mas que a obra está em fase inicial. ” A obra, nesse momento, ainda está naquela fase de sondagem”, informou.
A fábrica Máximus será notificada para prestar esclarecimentos e deverá apresentar documentos, como, por exemplo, alvará de plano de prevenção e proteção contra incêndios, além da relação de empregados, com nomes, idades, datas de admissão e funções.
As escolas envolvidas também deverão informar e comprovar medidas adotadas para prestar assistência aos trabalhadores afetados.
A Polícia Civil investiga as causas do incidente e informa que diligências estão em andamento. Uma perícia será realizada no local.