Duas fintechs, instituições financeiras com forte uso de tecnologia, são investigadas por lavagem de dinheiro de uma facção criminosa de São Paulo. A operação Hydra é realizada pela Polícia Federal e pelo Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (MP) paulista. Nesta terça (25), foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santo André e São Bernardo. Uma pessoa foi presa.
Segundo o MP, as duas empresas ofereciam serviços financeiros de forma alternativa aos bancos tradicionais e escondiam os beneficiários.
A operação partiu de informações prestadas na delação premiada de Antônio Vinicius Gritzbach, assassinado no aeroporto de Guarulhos em novembro do ano passado. Ele era réu por homicídio e acusado de lavagem de dinheiro para o PCC.
A Unafisco Nacional soltou uma nota sobre a operação. A entidade afirmou que a suspensão da regra da Receita Federal para ampliar a fiscalização sobre bancos digitais e fintechs deixou brechas para a atuação de doleiros e organizações criminosas. A entidade destacou a necessidade de regulamentar essas empresas e de o governo esclarecer à população como funciona a fiscalização e a importância para a segurança econômica do país.