Uma área equivalente a 32 campos de futebol foi utilizada somente no ano passado pelos indígenas Yanomami para o plantio de roças que ajudam na garantia de alimentos para as comunidades.
Os dados foram coletados por meio de imagens de satélite do programa Brasil Mais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Foram registrados 33 alertas de manutenção de corte raso na área onde fica a terra indígena, totalizando cerca de 23 hectares cultivados.
Com a retomada da agricultura de subsistência na região, os indígenas esperam reduzir a dependência de alimentos externos e fortalecer sua cultura alimentar tradicional, que é realizada pensando na preservação da mata.
As roças dos Yanomami se adaptam à Floresta Amazônica. Eles utilizam um modelo sustentável no qual áreas da floresta são temporariamente desmatadas e queimadas para o plantio. Isso permite que o solo recupere sua fertilidade após alguns anos.
A diminuição drástica do cultivo e coleta de alimentos foi um dos impactos negativos trazidos pelo garimpo ilegal, que passou a ser combatido de maneira efetiva e permanente desde 2022 pelo governo federal.
Segundo dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, do Ministério da Defesa, a abertura de novos garimpos no Território Indígena Yanomami caiu em torno de 95% nos últimos 3 anos.