A hanseníase, uma das doenças mais antigas conhecidas, é o foco da campanha Janeiro Roxo, com o objetivo de incentivar o diagnóstico precoce e o combate no Brasil. Durante todo o mês, diversas ações voltadas para o tema estão sendo realizadas. No último domingo de janeiro, acontece o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase.
No Brasil, o tratamento é oferecido de forma gratuita pelo SUS e pode ser realizado em casa.
Regina Carneiro, médica dermatologista e secretária-geral da Sociedade Brasileira de Dermatologia, ressalta a importância do diagnóstico precoce da doença: “nós não temos uma forma de prevenção da hanseníase, não há vacinas contra a hanseníase. O que há, a maior prevenção, é o diagnóstico precoce e o tratamento correto dos pacientes, já que na primeira dose do remédio o paciente deixa de transmitir a doença”.
O contágio ocorre por meio de pequenas gotículas respiratórias, que podem ser expelidas pelo paciente infectado. Entre os sintomas estão manchas na pele de cor variável, perda de sensibilidade e dormência.
A especialista alerta ainda para um dos problemas históricos relacionados à hanseníase: o preconceito. Para ela, educar a população é fundamental para evitar a discriminação. “É importante a gente educar a população com relação ao preconceito contra a hanseníase. Não se pega hanseníase, não se adquire hanseníase andando de ônibus, apertando a mão, dando um abraço em um paciente com hanseníase. Então, a educação também ajuda no controle da doença, porque, quando o paciente sente o preconceito, ele tem medo de ter o seu diagnóstico de hanseníase comprovado e, muitas vezes, ele se afasta do tratamento por conta disso”.
De acordo com boletim do Ministério da Saúde, em 2022, o mundo enfrentou mais de 174 mil novos casos de hanseníase. O Brasil ocupa a segunda posição global em novos casos.
