Hamas aceita termos de Israel para cessar-fogo em Gaza


O Hamas aceitou os termos do acordo com Israel para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. As lideranças do Hamas informaram nesta terça-feira (14) que consultaram líderes palestinos sobre os progressos das negociações, que ocorrem em Doha, capital do Catar. Segundo o comunicado oficial, o Hamas iniciou a preparação para a troca de prisioneiros, ainda sem data para acontecer.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente eleito, Donald Trump, enviaram representantes para acompanhar as negociações. Biden conversou com o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre o acordo para libertar os reféns. O Primeiro-Ministro do Catar também falou com o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, sobre novos envios de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

De acordo com a imprensa em Israel, o acordo ainda está nas “etapas finais” e propõe a diminuição das tensões também na Cisjordânia, Líbano, Síria, Iêmen e Iraque. O acordo ocorreria em três etapas.

A primeira prevê a liberação de 33 prisioneiros israelenses. Em troca, Israel libertaria 50 prisioneiros palestinos para cada soldado mulher liberada. Dezesseis dias depois, começaria a libertação de todos os reféns israelenses vivos e a retirada das tropas de Israel da Faixa de Gaza. Na última fase, o Hamas entregaria os corpos dos reféns mortos, em troca de um plano de reconstrução da Faixa de Gaza. A imprensa de Israel estima que permanecem um total de 60 reféns vivos no território, além de 34 mortos confirmados.

Com a notícia de um possível acordo, famílias israelenses se reuniram, nesta terça, do lado de fora do Parlamento, em Jerusalém — e formaram uma corrente com cartazes dos parentes que podem ser libertados pelo Hamas. O Ministério da Saúde em Israel informou estar se preparado para o retorno, levando em conta as condições de quem está há mais de um ano em cativeiro.

E mesmo com a proximidade do cessar-fogo, os ataques israelenses à Faixa de Gaza aumentaram e mataram mais de 60 palestinos nas últimas 24 horas, noticiou a agência Al Jazeera. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, são mais de 46 mil mortos em 15 meses de conflito.




Fonte: Radioagência Nacional

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