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Carnaval: Vigário Geral homenagea o jornalista “Vagalume”

 


Francisco Guimarães foi um dos grandes jornalistas e cronistas da história da cidade do Rio de Janeiro. Apelidado de “Vagalume” por escrever sobre a noite nas periferias cariocas, ele narrava episódios alegres protagonizados pela população negra marginalizada.

Agora, é a vez da escola de samba Acadêmicos de Vigário Geral, nascida e criada no bairro da Zona Norte do qual herdou o nome, iluminar no carnaval 2025 da Série Ouro esta figura tão importante, mas pouco conhecida.

O enredo “Ecos de um Vagalume” fala sobre o popular cronista e dramaturgo, que desafiou as elites. Na época da Primeira República, na virada do século 19 ao 20, Francisco Guimarães foi um dos raros jornalistas negros a ocupar espaço em uma redação, poucos anos após a abolição da escravatura.
 
Ele levou à população um outro olhar sobre o subúrbio carioca, antes representado apenas como zona de violência. Vagalume jogou os holofotes sobre as festas populares, as religiões de matriz africana, o samba e o carnaval.

São os carnavalescos Caio Cidrini e Alex Carvalho os responsáveis por levar a história do jornalista ao Sambódromo. Para a dupla, é uma surpresa que o Vagalume ainda não tenha sido a estrela de nenhum enredo. A ideia, segundo Caio Cidrini, é levar à avenida a vida boêmia que o jornalista descrevia em seus textos.

Um marco para a cultura popular brasileira, Francisco Guimarães publicou o livro Na Roda do Samba em 1933, obra que homegeava sambistas dos morros cariocas, e marcou a popularização desse ritmo como símbolo nacional.

Ao escrever sobre a música da periferia, Vagalume abriu as portas para o espetáculo grandioso que conhecemos hoje.

A Vigário Geral será a terceira escola da Série Ouro a desfilar na Marquês de Sapucaí  no sábado, 1º de março. 

* Com supervisão de Vitória Elizabeth. 



Fonte: Radioagência Nacional

 

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