Na primeira conversa com jornalistas em 2025, o presidente Lula saiu em defesa do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Disse que Galípolo fez o que precisava ser feito, se referindo ao aumento dos juros na última reunião do Copom, encerrada nessa quarta-feira (29), mas que ele vai fazer o que for possível para baixar os juros. No tempo que a política permitir.
“O presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau, num mar revolto, de uma hora pra outra. Já estava praticamente demarcado a necessidade da subida de juros pelo outro presidente. E o Galípolo fez aquilo que ele entendeu que deveria fazer”.
O presidente falou também sobre a inflação dos alimentos, que é algo que o aflige, mas que não vai tomar nenhuma medida que classificou como bravata. Ou seja, nada que possa, segundo ele, significar o surgimento de um mercado paralelo.
Ainda sobre economia, mas desta vez no cenário internacional, o presidente Lula disse que vai adotar a reciprocidade, caso o presidente norte-americano, Donald Trump, decida sobretaxar produtos brasileiros.
“Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil: taxar os produtos que são exportados dos Estados Unidos. Não tem nenhuma dificuldade. Eu já governei o Brasil com presidente republicano, já governei com presidente democrata. E a minha relação é sempre a mesma. De um estado soberano com outro estado soberano”.
O presidente ainda foi claro: não autorizou aumento do diesel, que vai ficar mais caro a partir deste sábado. Essa, segundo ele, é uma decisão da Petrobras.