Os casos de dengue no Brasil em 2025 apresentam queda em relação ao ano passado. Mas em alguns estados, como Tocantins e Pernambuco, há aumento nos registros da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde a elevação preocupa, sobretudo devido a notificações de infecção pelo sorotipo 3, que não circulava no país de forma predominante há mais de 15 anos.
Para que a expansão da doença seja contida, é importante reforçar os cuidados no combate ao mosquito causador, o Aedes aegypti. Ele se prolifera na água parada, o que redobra a atenção a possíveis focos, como em vasos de plantas. Sobre isso, explica o epidemiologista da Universidade de Brasília (UnB) Wildo Navegantes.
“É importantíssimo a gente tentar evitar as coisas chaves para a proliferação do mosquito da dengue. Então, lembrando, tampe caixas d’água nas suas casas, ralos, pias. E essa observação que se faz em cada casa, é coisa de 5 a 10 minutos uma vez por semana, não é muito tempo”.
Outra dica importante é receber em casa os agentes de saúde, devidamente identificados, para que façam as inspeções. Eles são capacitados para identificar focos que muitas vezes o morador não consegue perceber.
E atenção para alguns mitos que circulam em relação ao combate ao mosquito. Borra de café, cravo da índia e outros produtos caseiros não tem evidência comprovada, como alerta o epidemiologista.
“Por enquanto a gente não tem evidência científica que dê suporte. De fato a gente não tem nada que favoreça a acreditar que isso resolve a eliminação do mosquito da dengue”.
O especialista também reforça a importância do uso de repelentes, seguindo a recomendação da bula.
Além de transmitir a dengue, o Aedes aegypti é responsável pela chikungunya e a zika. E, em caso de sintomas, como febre, dor no corpo, manchas vermelhas na pele, coceira e náuseas, a recomendação é buscar ajuda médica.