O Ministério Público Federal pediu ao Superior Tribunal de Justiça que um dos réus pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips seja levado para júri popular.
O órgão busca reverter uma decisão da justiça federal que considerou não haver provas suficientes para levar Oseney da Costa de Oliveira ao tribunal do júri.
Para o MPF, Oseney deve ser julgado junto com Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima, também acusados do crime. Esses dois serão julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação dos cadáveres das vítimas.
Oseney é irmão de Amarildo, e também teria participação no crime. Ele aguarda julgamento em prisão domiciliar, com tornozeleira de monitoramento.
Em junho de 2022, Bruno Pereira e Dom Phillips foram assassinatos na Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas. Amarildo e Jefferson confessaram o crime em seus depoimentos iniciais.
Segundo o MPF, a atuação de Bruno Pereira na região era vista como empecilho para atividade criminosa de caça e pesca ilegal.
Bruno, que também era servidor licenciado da Funai, foi morto com três tiros, sem qualquer possibilidade de defesa. Já Dom foi assassinado por estar acompanhando Bruno no momento do crime, de mondo a garantir que Amarildo e Jefferson ficassem impunes.