Quatro argentinos, com idades entre 19 e 38 anos, foram resgatados pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego em situação semelhante à escravidão. Eles trabalhavam na colheita da uva em São Marcos, região serrana do Rio Grande do Sul.
Os trabalhadores estavam alojados em uma casa de madeira, em condições precárias, dormindo em colchões no chão, sem nenhum armário para guardar seus pertences. Segundo informações do Ministério, os trabalhadores disseram à fiscalização que foram agenciados por um conterrâneo argentino, que encaminhava os trabalhadores para uma empresa de serviços em São Marcos, que prometia boa remuneração.
Um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi assinado com o produtor rural que contratou os serviços, garantindo o pagamento das verbas trabalhistas devidas pela rescisão indireta dos contratos. Além disso, foram emitidas guias do seguro-desemprego para os argentinos, que terão direito a três parcelas de um salário-mínimo, devidas ao trabalhador resgatado.
Com a operação desta semana, já são oito trabalhadores resgatados no Rio Grande do Sul em 2025. As denúncias sobre trabalho escravo podem ser feitas ao Ministério do Trabalho e Emprego de forma anônima pelo Sistema Ipê.