A dois dias das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, o presidente Lula voltou a dizer que não vai interferir no assunto. Quem ganhar, ganhou.
“A eleição na Câmara e no Senado é uma questão dos partidos políticos, dos deputados e dos senadores. O presidente da República não se mete nisso. Então, se Hugo Mota for eleito presidente da Câmara e Alcolumbre, do Senado, eles serão os presidentes das instituições e é com ele que nós vamos fazer as tratativas que tiver que fazer”.
Em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (30), Lula tratou de outros temas, como a reforma ministerial. Disse que, neste momento, não pode dizer quem vai ser ministro, mas foi claro. Espera que Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que deixa o comando da casa no sábado, após a eleição para a Mesa Diretora, seja governador de Minas Gerais.
Já sobre a possibilidade da atual presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, assumir um ministério, Lula esclareceu:
“Ela tem condições de ser ministra em muitos cargos. Até agora não tem nada definido, eu não conversei com ela, ela não conversou comigo, eu ainda não sentei pra ficar pensando se vou ou não trocar alguns ministros”.
Ele ainda respondeu às críticas feitas pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, e do Republicanos Marcos Pereira. Lula classificou de injustas as declarações de Kassab, que afirmou que o ministro Fernando Haddad era fraco. Lembrou também do arcabouço fiscal, da Reforma Tributária, da PEC da Transição, propostas levadas por Haddad e aprovadas pelo Congresso. E sobre Marcos Pereira, que falou que o governo está sem rumo, respondeu: eleição é só ano que vem. Se o Republicanos vai apoiá-lo ou não, isso se resolve depois. Agora é pensar em 2025.
Aliás, sobre 2025, Lula falou em ano de colheita. E mandou um recado para a direita no país.
“Eu digo sempre que, quem quiser derrotar a política do meu governo, vai ter que aprender a fazer luta de rua. Porque é mais fácil ficar na internet mentindo. Agora, é muito difícil ter coragem de ir pra rua, conversar com o povo e discutir com o povo as coisas que estão acontecendo no país. Esse é o meu tipo de governar. De fazer com que as coisas deem certo no Brasil”.
Sobre o estado de saúde, Lula cravou: está 100% recuperado e liberado para viajar a distância que for. A primeira delas, nos próximos dias, para anunciar investimentos da Petrobrás.
