A Polícia Federal (PF), com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Ibamae da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), deflagrou a Operação Uru Praesidium, no interior da terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau, localizada no Estado de Rondônia, para combater garimpo ilegal, exploração ilegal de madeira e associação criminosa. De acordo com a corporação, durante as ações, foram localizados pontos de garimpo ilegal na zona de amortecimento da terra indígena , além de maquinários utilizados para a extração ilegal de ouro. Além disso, os agentes federais destruíram um acampamento utilizado pelos garimpeiros, apreenderam uma pá escavadeira, duas máquinas escavadeiras e quatro motores. Um suspeito foi preso em flagrante. Segundo a PF, o valor total dos bens apreendidos é de, aproximadamente, R$ 4 milhões. Na ação, houve a utilização de aeronave para deslocamento do efetivo e atuação nas áreas de exploração de garimpo ilegal. “A Polícia Federal e os demais órgãos atuam de forma constante para manter a integridade do território indígena, de forma que ações que atentem contra os interesses dos povos indígenas serão reprimidas com o rigor da lei penal e ambiental”, informou por meio de nota a corporação.
A Medida Provisória 1164/23, que recriou o programa Bolsa Família e extinguiu o Auxílio Brasil, foi aprovada na noite desta terça-feira (30) pela Câmara dos Deputados. Com a aprovação, fica garantido o pagamento de R$ 600 para as famílias beneficiadas, adicional de R$ 150 por criança de zero a seis anos de idade e bônus de R$ 50 gestantes, crianças entre 7 e 12 anos e adolescentes com mais de 12 anos. O texto da MP será encaminhado ao Senado.
Os deputados federais aprovaram o texto de autoria do relator, deputado Dr. Francisco (PT-PI). Embora o texto tenha retirado a vigência das novas regras a partir de 1º de junho, se a lei derivada da MP for publicada nesta data não haverá diferença prática.
Pela MP, poderão receber o benefício famílias com renda mensal per capita igual ou inferior a R$ 218. Antes, a renda exigida era de R$ 210.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, prometeu esforço para aprovar as medidas provisórias que estão com próximas a perder a validade. “Vamos votar no Senado dentro do prazo, vamos apreciar [essas MPs] ainda que tenhamos que avançar noite adentro”, disse Pacheco.
A MP do Bolsa Família está em vigor desde 2 de março. Auxílio Gás
Foi incorporado ao texto a MP 1155/23, que prevê o pagamento de um complemento do Auxílio Gás. O benefício equivale a metade do valor médio do botijão de gás. O auxílio normal é de igual valor. O complemento será depositado a cada dois meses. Ao todo, a família irá receber o valor equivalente à média de um botijão de 13 Kg.
*Com informações da Agência Câmara de Notícias e da Agência Senado
Maria Bethânia e Gloria Groove preparam um encontro inédito para esta quarta-feira (30). As artistas serão destaque no Destaque no Prêmio da Música Brasileira. O evento vai acontecer no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
No palco do evento, a baiana e a drag queen vão performar “O Meu Amor”, de Chico Buarque, mas que ficou nacionalmente conhecida após interpretação de Bethânia.
ANÚNCIO
Após quatro anos de hiato, o PMB vai homenagear Alcione e será apresentado pelo ator Lázaro Ramos, pela cantora Lilian Valeska e pelo youtuber Felipe Neto. Veja abaixo:
O texto base da PL 490, conhecida como Marco Temporal, foi aprovada na noite desta terça-feira (30) na Câmara dos Deputados. O projeto foi apoiado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que apontou descaso do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para encontrar uma solução para a pauta.
O marco temporal foi aprovado com 283 votos favoráveis e 156 contrários. Segundo informações do Metrópoles, somente um deputado se absteve. A base governista liberou que seus membros votassem como entendessem a urgência. Confira abaixo como os blocos, partidos e federações orientaram a votação:
Governo: não;
Oposição: sim;
Maioria: liberou;
Minoria: sim;
Federação PT-PCdoB-PV: não;
Federação PSOL-Rede: não;
Novo: sim;
Bloco União Brasil, PP, PSB, PDT, federação PSDB-Cidadania, Avante, Patriota e Solidariedade: sim;
Bloco Podemos com MDB, PSD e Republicanos: liberou
Entenda o Marco Temporal
A Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira (25), o regime de urgência para tramitação de uma proposta que prevê a aplicação do marco temporal na demarcação de terras indígenas. O Projeto de Lei 490 tramita na Câmara desde 2007 e impacta diretamente nos processos de demarcação. Além disso, o projeto tem o intuito de dar ao Legislativo a palavra final sobre o tema.
“Ele traz no seu texto a tese do marco temporal que é, na verdade, um argumento defendido pelos produtores rurais no sentido de que só teria um direito às terras indígenas aquelas comunidades que estivessem na posse dos territórios na promulgação da Constituição de 88. Esse argumento despreza toda a história do Brasil e despreza a própria realidade porque nós sabemos que os indígenas foram expulsos dos territórios”, avalia a defensora pública da União Daniele Osório.
“Eu acredito que toda essa urgência, todo esse trabalho que está sendo feito é uma sinalização clara para saber o que o Congresso pensa a respeito do tema para o Judiciário. O Judiciário que aqui, acolá se levanta pra discutir algumas coisas não espera. Agora eles mesmos estão trazendo à baila, um debate e um novo julgamento, querendo aumentar o território indígena”, disse o senador Zequinha Marinho (PL-PA), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária
Para a Defensoria Pública da União, entretanto, toda essa pressa não se justifica. O órgão questiona ainda a legalidade tanto do projeto quando da tese do marco temporal.
“A Defensoria Pública da União não tem dúvidas de que o projeto de lei é inconstitucional por vários motivos. Primeiro porque traz esse argumento do marco temporal que é completamente divorciado da Constituição Federal. Segundo porque ele não atende os tratados internacionais que o Brasil firmou no plano internacional e terceiro porque todo o trâmite do projeto não atendeu e não ouviu os povos indígenas”, avalia Daniele Osório.
O secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Antonio Eduardo Cerqueira de Oliveira, avalia como mais uma violência contra os povos indígenas.
“É uma insensibilidade do Poder Legislativo. Os territórios indígenas têm essa característica de proteger mais o meio ambiente, mais que qualquer unidade de conservação, eles conseguem preservar mais o ecossistema e, portanto, eles trazem um benefício maior à própria vida do ser humano, no planeta, toda biodiversidade portanto. Há que se considerar que um território indígena ele não beneficia apenas os indígenas, ele beneficia toda a população.”