O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, pediu informações sobre a capitalização da Eletrobras e sobre o poder de voto da União no contexto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7385, em despacho desta quarta-feira, 17, no prazo de dez dias. Consequentemente, tanto a Advocacia-Geral da União (AGU) quanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) têm um prazo de cinco dias para se manifestar.
A ADI é uma ação do governo que questiona trechos da lei de desestatização da Eletrobras. A iniciativa do governo contesta o limite do voto, ou seja, mesmo que possua 40% das ações da empresa, o Estado segue a regra da Lei das Privatizações que limita a 10% o poder de voto entre os acionistas, equiparando o poder de decisão entre eles. Para dar celeridade ao processo, o ministro adotou o chamado rito abreviado, que levará a ação diretamente a julgamento no plenário do STF, sem prazo para a análise.
“Tendo em vista a relevância da matéria e sua repercussão na ordem social e na segurança jurídica, cumpre adotar o procedimento abreviado do art. 12 da Lei n. 9.868/1999 e providenciar a manifestação das autoridades envolvidas, visando o julgamento definitivo da controvérsia, sem prejuízo de, a qualquer tempo, apreciar-se o pedido cautelar, considerados o risco e a urgência apontados na inicial”, diz a decisão.
Mais de 1,3 milhão de empresas foram abertas no Brasil entre janeiro e abril de 2023. O tempo gasto para a abertura dessas empresas foi, em média, de 1 dia e seis horas, segundo o Mapa de Empresas – documento elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
De acordo com o documento, de janeiro a abril deste ano 1.331.940 empresas foram abertas no Brasil. Com isso, há, no país, um total de 21 milhões de CNPJs ativos. Deste total, 93,7% são de microempresas ou empresas de pequeno porte.
Ainda segundo o estudo, 736.977 CNPJs foram encerrados no primeiro quadrimestre do ano. Com isso, o saldo ficou positivo, em 594.963 empresas.
“O total de aberturas foi 21,8% maior do que no quadrimestre anterior e 1,6% menor em relação ao mesmo período de 2022. Já os fechamentos representaram aumento de 34,3% e 34,7%, respectivamente, nas mesmas bases”, informou o ministério. Estados
Em números absolutos, São Paulo foi o estado com mais empresas abertas no quadrimestre, seguido de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Goiás. “Juntos, estes estados concentram 75% das empresas brasileiras”, detalha o levantamento.
“Em termos de crescimento percentual, porém, os estados que mais avançaram sobre o quadrimestre anterior, último de 2022, foram Tocantins (34,8%), Mato Grosso (32,9%), Rondônia (29,9%), Paraná (28,2%) e Roraima (27,1%)”, acrescenta. Comércio e Serviços
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Do total de empresas abertas no país durante o primeiro quadrimestre de 2023, 83,8% são dos setores de comércio e serviços – este último responde por 59,5%.
Os destaques ficaram para atividades de promoção de vendas; comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios; preparação de documentos e serviços de apoio administrativo; cabeleireiros, manicure e pedicure; e obras de alvenaria.
“A liderança de tais atividades se relaciona ao fato de 80,4% dos registros serem de MEIs [microempreendedoras individuais]. No primeiro quadrimestre, foram abertas 1.070.506 empresas nesse espectro, aumento de 25,4% em relação ao quadrimestre anterior e queda de 3,1% sobre igual período de 2022”, explica o MDIC. Tempo médio
Com relação ao tempo médio gasto para a abertura de empresas, o resultado observado (1 dia e seis horas) representa uma diminuição de 10 horas em relação ao mesmo período de 2022.
O estado onde foi mais rápido fazer o registro de novas empresas foi Sergipe. Lá, em média, são necessárias apenas 7 horas para abrir uma empresa. O estado com maior demora foi São Paulo (2 dias e duas horas).
“Em relação às capitais, Curitiba (PR) e Aracaju (SE) registraram menor tempo de abertura, com média de apenas duas horas. Já Belém do Pará foi a que demandou mais tempo (2 dias e 22 horas), seguido pela cidade de São Paulo (1 dia e seis horas)”, informou o MDIC.
De acordo com a diretora do Departamento de Registro Empresarial e Integração (Drei/MDIC), Amanda Souto, a consolidação do tempo médio em cerca de 1 dia mostra a “assertividade das medidas de simplificação para abertura de novas empresas” implementadas pelo governo federal e pelos estados.
“Com o avanço da padronização de procedimentos e fluxo nas 27 unidades federativas, esse indicador tende a cair ainda mais, além de refletir o avanço da digitalização e automatização dos procedimentos necessários para formalizar novos negócios”, disse a diretora.
Moradores do Itaim Bibi, em São Paulo, sofrem com o abandono de veículos nas ruas do bairro. Apesar de ter se transformado em um dos maiores centros financeiros da cidade e uma das regiões mais valorizadas, o bairro tem vias com pelo menos três ou quatro veículos esquecidos. Os moradores da Rua Antônio Felício encaram este problema há pelo menos oito meses. Na via, que tem apenas 200 metros, há quatro veículos deixados para trás. A população diz que essa situação tira a vaga de motoristas e até mesmo atrapalha a coleta de lixo. O dono de um dos carros foi identificado pela Jovem Pan e se comprometeu a retirá-lo do local. Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que vai enviar uma equipe de fiscalização para realizar uma vistoria na rua para adesivagem dos veículos. Os proprietários dos carros terão o prazo de cinco dias para retirá-los. Caso isso não aconteça, o Executivo disse que o automóvel será considerado abandonado e será removido. Para enviar sua reclamação entre em contato através do e-mail “[email protected]”.
O governo federal pretende reduzir o número de voose, consequentemente, a quantidade de passageiros no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A perspectiva é de que a decisão seja tomada até o fim da próxima semana. Em 2022, o Santos Dumont, localizado na região central da capital carioca, recebeu 10 milhões de passageiros, enquanto que o Aeroporto Internacional Tom Jobim, conhecido como Galeão, recebeu menos de 6 milhões de pessoas. A medida visa aumentar o fluxo de passageiros no Galeão e diminuir o do Santos Dumont, que estaria operando acima de sua capacidade. Segundo as autoridades, caso nenhuma medida fosse tomada, o Santos Dummont poderia receber mais de 10,5 milhões de passageiros em 2023. A partir de agosto, será iniciada uma redução do número de voos e de passageiros no Santos Dumont, visando garantir que o fluxo de pessoas neste ano seja de 8,5 milhões. O governo ainda não sabe se a concessionária que administra o Santos Dumont